Caríssima nação benfiquista,
Agradecendo o convite dos donos deste blog, dirijo-me a esta gloriosa nação, como é meu apanágio com o foco no Benfica e nunca na panóplia de invejosos. No entanto, cabe analisar acusações graves que foram feitas a um de nós e naturalmente terei de começar pelas palavras de “estrangeiros”.
Vou observando com algum interesse este novo tema do racismo introduzido pela menina das tranças pretas que joga no Sporting (o de Braga).
Alegadamente e segundo a menina das tranças pretas (que sabemos não tem na honra, na palavra, nem na capacidade técnica de futebolista as suas principais virtudes) o nosso craque Javi García terá insultado dois jogadores do Sporting em pleno relvado do recinto da câmara municipal de Braga, tendo no entanto posto a mão à frente da boca para não ser visto pelas câmaras.
Mais tarde o número 6 benfiquista desmentiu de uma forma simples e seca, aliás irrepreensível. É certo que com um discurso cuidado (como o tema exige, não se fala de acusações tão graves de ânimo leve), mas disse exactamente aquilo que tinha de ser dito.
Finalmente, o defesa que agrediu violentamente o Nico Gaitán veio dizer, já lá para o fim da tarde, que também tinha sido vítima de insultos racistas proferidos pelo mesmo Javi García.
Quanto à analise da verdade destas alegações, vêm-me à cabeças as seguintes considerações:
(i) Em primeiro lugar, quero felicitar os jogadores do Sporting por terem escolhido (sim, escolhido) um tema bastante actual, provavelmente inspirados no recente caso do John Terry;
(ii) Em segundo, dizer que a menina das tranças pretas – conhecida simuladora – o defesa rompe queixos e os jogadores do Sporting em si (lembram-se de há dois anos o Vandinho ter dito que não conhecia o Raul José que tinha sido seu treinador na época anterior?) merecem toda a credibilidade e, seguramente, é mais fácil acreditar neles do que no Javi García que nunca se envolveu sequer numa escaramuça, pelo menos desde que chegou ao maior;
(iii) De facto quando uma pessoa insulta tem a presença de espírito de colocar a mão à frente da boca, até porque uma pessoa insulta quando está calma e de sangue frio e lembra-se dessas coisas – reparem na nuance da acusação, o Javi (1) chamou “preto de merda” à menina das tranças pretas; (2) disse à menina das tranças pretas que queria que os seus filhos morressem; e ainda (3) chamou “preto” outra vez ao tal defesa das cotoveladas, tudo isto com a mão à frente da boca. Curiosamente as imagens da Sporttv do Joaquim Oliveira não apanharam ninguém, que não o Pedro Proença repetidamente, a falar com a mão à frente da boca, mas o Javi teve tempo para dizer isto tudo sem nunca ser visto – fica a pergunta: será que foi o Pedro Proença que disse aquelas coisa todas mas os jogadores do Sporting por (a) ódio ao Benfica, (b) medo do amigo árbitro, (c)confusão das pronúncias de Lisboa com Madrid, ou (d) todas as anteriores, acusaram o Javi?
E não digo mais nada sobre o assunto porque já estou a dar mais importância do que ele merece…
Quero apenas dizer que o que ninguém vê é que os benfiquistas são os principais interessados neste novo “caso” do futebol português. E porquê?
Ora, ou se prova que o Javi García efectivamente teve um ou duas atitudes racistas e nesse caso nós, benfiquistas, queremos ser os primeiros a castigá-lo. Afinal o Benfica sempre foi um clube tolerante e que, inclusivamente, promove a diferença, seja ela da cor da pele, seja da cor política, seja do país (somos dos poucos clubes com adeptos em todos os continentes), seja de onde for, Benfica é para quem quiser se juntar a nós.
Por outro lado, se não se provar, como não acredito que se prove, que o Javi García insultou seja quem for, a menina das tranças pretas incorre numa suspensão que provavelmente o impedirá de jogar nos jogos que se seguem. Como já cá estamos cá há uns anos, sabemos que, a haver castigo, será certamente cumprido no jogo contra o FC Kabul do Jorge Nuno. Isso serão óptimas notícias porque não só a menina das tranças pretas não mete medo a ninguém, como sabemos que faz um esforço especial para não jogar nada contra o FC que neste momento até está em igualdade pontual connosco.
Centrando o foco no Benfica como eu tanto gosto, isto é uma win-win situation para a nação benfiquista.
O que tem mais graça desta história toda é que com acusações de tanta gravidade, o mais cómico da entrevista da menina das tranças pretas passou despercebido. Na opinião da moça, o golo do Rodrigo é ilegal. Porquê? Porque no decorrer da jogada, um jogador do Sporting cometeu uma falta passível de cartão amarelo e, como tal, o árbitro devia ter interrompido o jogo – não, não me enganei, a menina das tranças pretas (a quem dedico esta música (http://www.youtube.com/watch?v=ql3Scwq0ZP8) está a pedir um cartão amarelo para um companheiro de equipa.
Deixo-vos com a nova música do João Ricardo Pateiro para o Rodrigo. http://soundcloud.com/jos-ant-niobarbosa/golo-jo-o-ricardo-pateiro-tsf
Saúdo-vos com a maior amizade benfiquista.
Elmano
E pluribus unum
Agradecendo o convite dos donos deste blog, dirijo-me a esta gloriosa nação, como é meu apanágio com o foco no Benfica e nunca na panóplia de invejosos. No entanto, cabe analisar acusações graves que foram feitas a um de nós e naturalmente terei de começar pelas palavras de “estrangeiros”.
Vou observando com algum interesse este novo tema do racismo introduzido pela menina das tranças pretas que joga no Sporting (o de Braga).
Alegadamente e segundo a menina das tranças pretas (que sabemos não tem na honra, na palavra, nem na capacidade técnica de futebolista as suas principais virtudes) o nosso craque Javi García terá insultado dois jogadores do Sporting em pleno relvado do recinto da câmara municipal de Braga, tendo no entanto posto a mão à frente da boca para não ser visto pelas câmaras.
Mais tarde o número 6 benfiquista desmentiu de uma forma simples e seca, aliás irrepreensível. É certo que com um discurso cuidado (como o tema exige, não se fala de acusações tão graves de ânimo leve), mas disse exactamente aquilo que tinha de ser dito.
Finalmente, o defesa que agrediu violentamente o Nico Gaitán veio dizer, já lá para o fim da tarde, que também tinha sido vítima de insultos racistas proferidos pelo mesmo Javi García.
Quanto à analise da verdade destas alegações, vêm-me à cabeças as seguintes considerações:
(i) Em primeiro lugar, quero felicitar os jogadores do Sporting por terem escolhido (sim, escolhido) um tema bastante actual, provavelmente inspirados no recente caso do John Terry;
(ii) Em segundo, dizer que a menina das tranças pretas – conhecida simuladora – o defesa rompe queixos e os jogadores do Sporting em si (lembram-se de há dois anos o Vandinho ter dito que não conhecia o Raul José que tinha sido seu treinador na época anterior?) merecem toda a credibilidade e, seguramente, é mais fácil acreditar neles do que no Javi García que nunca se envolveu sequer numa escaramuça, pelo menos desde que chegou ao maior;
(iii) De facto quando uma pessoa insulta tem a presença de espírito de colocar a mão à frente da boca, até porque uma pessoa insulta quando está calma e de sangue frio e lembra-se dessas coisas – reparem na nuance da acusação, o Javi (1) chamou “preto de merda” à menina das tranças pretas; (2) disse à menina das tranças pretas que queria que os seus filhos morressem; e ainda (3) chamou “preto” outra vez ao tal defesa das cotoveladas, tudo isto com a mão à frente da boca. Curiosamente as imagens da Sporttv do Joaquim Oliveira não apanharam ninguém, que não o Pedro Proença repetidamente, a falar com a mão à frente da boca, mas o Javi teve tempo para dizer isto tudo sem nunca ser visto – fica a pergunta: será que foi o Pedro Proença que disse aquelas coisa todas mas os jogadores do Sporting por (a) ódio ao Benfica, (b) medo do amigo árbitro, (c)confusão das pronúncias de Lisboa com Madrid, ou (d) todas as anteriores, acusaram o Javi?
E não digo mais nada sobre o assunto porque já estou a dar mais importância do que ele merece…
Quero apenas dizer que o que ninguém vê é que os benfiquistas são os principais interessados neste novo “caso” do futebol português. E porquê?
Ora, ou se prova que o Javi García efectivamente teve um ou duas atitudes racistas e nesse caso nós, benfiquistas, queremos ser os primeiros a castigá-lo. Afinal o Benfica sempre foi um clube tolerante e que, inclusivamente, promove a diferença, seja ela da cor da pele, seja da cor política, seja do país (somos dos poucos clubes com adeptos em todos os continentes), seja de onde for, Benfica é para quem quiser se juntar a nós.
Por outro lado, se não se provar, como não acredito que se prove, que o Javi García insultou seja quem for, a menina das tranças pretas incorre numa suspensão que provavelmente o impedirá de jogar nos jogos que se seguem. Como já cá estamos cá há uns anos, sabemos que, a haver castigo, será certamente cumprido no jogo contra o FC Kabul do Jorge Nuno. Isso serão óptimas notícias porque não só a menina das tranças pretas não mete medo a ninguém, como sabemos que faz um esforço especial para não jogar nada contra o FC que neste momento até está em igualdade pontual connosco.
Centrando o foco no Benfica como eu tanto gosto, isto é uma win-win situation para a nação benfiquista.
O que tem mais graça desta história toda é que com acusações de tanta gravidade, o mais cómico da entrevista da menina das tranças pretas passou despercebido. Na opinião da moça, o golo do Rodrigo é ilegal. Porquê? Porque no decorrer da jogada, um jogador do Sporting cometeu uma falta passível de cartão amarelo e, como tal, o árbitro devia ter interrompido o jogo – não, não me enganei, a menina das tranças pretas (a quem dedico esta música (http://www.youtube.com/watch?v=ql3Scwq0ZP8) está a pedir um cartão amarelo para um companheiro de equipa.
Deixo-vos com a nova música do João Ricardo Pateiro para o Rodrigo. http://soundcloud.com/jos-ant-niobarbosa/golo-jo-o-ricardo-pateiro-tsf
Saúdo-vos com a maior amizade benfiquista.
Elmano
E pluribus unum
